No carnaval deste ano, a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, do Grupo Especial do Rio de Janeiro, quer mostrar que a Marquês de Sapucaí também pode ser palco para os tradicionais blocos de rua. A verde e rosa vai festejar a alegria e a descontração popular contando a história do bloco Cacique de Ramos, que completou 50 anos em 2011.
Para conquistar o 19º título do carnaval, a Mangueira vai apostar no enredo “Vou festejar! Sou Cacique, sou Mangueira”, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho, que faz a sua estreia na agremiação. O carnavalesco promete reviver o clima dos carnavais de rua e as festas populares do bairro de Ramos, na Zona Norte, onde nasceu o bloco, apadrinhado pela verde e rosa.
O cocar vai se juntar ao bumbo da Mangueira numa grande festa de celebração ao Cacique de Ramos. Cria do bloco e mangueirense assumida, a cantora Beth Carvalho também será homenageada. Por uma noite, o Cacique vai trocar a Avenida Rio Branco, onde costuma arrastar multidão todos os anos, pela Marquês de Sapucaí e pedir passagem para a sua história.
Como manda a tradição, o verde e o rosa, cores do pavilhão da Mangueira, estão presentes em grande parte dos sete carros alegóricos e nas fantasias dos 4 mil componentes que a escola vai levar para a Avenida. Uma das alegorias, que vai representar a comunidade de Ramos, com direito a Igreja da Penha e sua famosa escadaria, terá cerca de cem componentes coreografados.
O carnavalesco Cid Carvalho conta que antigamente a folia do carnaval dividia o Rio em duas cidades. De um lado, ficavam os pobres, negros e escravos que se divertiam nos ranchos. Do outro lado da cidade, ficava a elite, que festejava nos famosos bailes de máscaras. Quando as escolas de samba surgiram na década de 20, elas unificam esse carnaval, juntando pobres e ricos.
E de todas as manifestações carnavalescas, a que sobreviveu foram os blocos, como o Cacique. Para Cid Carvalho, a missão da Mangueira é juntar os dois carnavais: “Eu acho que o carnaval da Mangueira vai ter uma coisa de nostalgia. A gente percebe que o Rio é rua, a rua no sentido de alegria, de espontaneidade. É esse Rio de rua que a gente vai levar para a Avenida”, disse.[
Fonte:
G1
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