Solidariedade e Compromisso com a Reconstrução O presidente Lula demonstrou profunda solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, que enfrenta os devastadores efeitos das enchentes que atingiram a região. Ele expressou sua preocupação com as vítimas e familiares que perderam entes queridos, reafirmando o compromisso do governo federal em apoiar integralmente os esforços de reconstrução e recuperação. Lula garantiu que não faltarão recursos, esforços e eficiência do governo federal para atender às necessidades básicas da população afetada, como saúde, transporte e abastecimento de alimentos. Ele destacou que a prioridade imediata é salvar vidas e, em seguida, iniciar a avaliação dos danos para que a reconstrução possa ser planejada e executada. Coordenação entre Esferas de Governo O presidente enfatizou a importância da união entre os diferentes entes federativos - municípios, estado e União - para garantir uma resposta eficaz e coordenada à crise. Ele anunciou a criação de um ...
Reinaldo
PSDB requenta a pizza e arquiva pedidos de expulsão de Aécio Neves
A Executiva Nacional do PSDB decidiu nesta 4ª feira (21.ago.2019), por ampla maioria, arquivar os pedidos de expulsão do deputado federal Aécio Neves (MG) do partido.
Foram analisados 2 pedidos: 1 do diretório estadual e outro do diretório municipal do PSDB de São Paulo.
O relator, deputado federal Celso Sabino (PA), foi contra os 2 pedidos de expulsão de Aécio.
Acompanharam o relatório 30 membros da Executiva Nacional. O texto obteve apenas 4 votos contrários. Houve ainda uma abstenção –do deputado Carlos Sampaio (PSDB).
Foram quase 5 horas de reunião. A discussão iniciou às 14h30 e foi interrompida às 16h para que Celso Sabino pudesse analisar o texto do diretório municipal e fizesse 1 parecer sobre os 2 pedidos. Em 30 minutos ele produziu o documento. Às 16h58, a reunião foi retomada. Finalizou às 19h06.
A cruzada contra Aécio é fruto do “novo PSDB”, marca encampada pelo governador de São Paulo João Doria, após sua ascensão como principal líder do partido. O posto foi alcançado após sua vitória eleitoral em 2018 enquanto outros caciques do partido, entre eles Geraldo Alckmin, amargaram péssimos resultados no pleito.
Entre as mudanças do “novo PSDB”, foi aprovado 1 novo Código de Ética e, com ele, a promessa de que o partido deixaria de ser conivente com seus filiados investigados pela Justiça. O documento estabelece a expulsão de integrantes que forem condenados na Justiça.
Aécio é réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça no STF (Supremo Tribunal Federal). É acusado de receber R$ 2 milhões em propina da JBS. O tucano nega as acusações.
Doria é 1 dos principais defensores da expulsão de Aécio, que já foi presidente do partido, senador e candidato à Presidência em 2014. Na 3ª feira (20.ago.2019), às vésperas do encaminhamento dos pedidos ao Conselho de Ética do partido, o governador de São Paulo voltou a cobrar a saída do tucano.
“O deputado Aécio Neves tem todo o direito a formular a sua defensa, na plenitude, confiante na sua inocência e confiante também na Justiça. Mas pode fazê-lo fora do PSDB”, disse.
O pedido de expulsão de Aécio foi formalizado pelo diretório estadual do PSDB de São Paulo na 3ª feira (20.ago.2019). Na representação (eis a íntegra), assinada pelo presidente do diretório paulista Marco Antônio Scarasati Vinholi, o partido argumenta que o caso em que o tucano é réu é “o que de mais grave se tem conhecimento”.
“O fato, além de sua gravidade, foi divulgado para todo o Brasil por meio de uma gravação realizada pelo interlocutor do representando, sr. Joesley Batista, cujo teor não deixa dúvidas sobre a afronta às regras de ética e disciplina do partido, expondo não só o próprio representado como também o PSDB”, disse Vinholi, ao citar o caso.
Além da representação, segundo o presidente do Partido, Bruno Araújo (PE), também foi recebida uma menção do Rio Grande do Sul que pede a expulsão do político.
Eis os membros da Executiva Nacional do PSDB que participaram da reunião, além do próprio Aécio:
Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra;
Bruno Araújo, presidente;
Domingos Sávio, 1º vice-presidente;
Bruna Furlan, vice-presidente;
Roberto Pessoa, vice-presidente;
Carlos Sampaio, vice-presidente;
Célio Silveira, vice-presidente;
Beto Pereira, secretário-geral;
Tereza Nelma, 2ª secretária;
César Gontijo, tesoureiro;
Giuseppe Vecci, tesoureiro adjunto;
Roberto Rocha, líder no Senado;
Izalci Lucas, vogal 1;
Samuel Moreira, vogal 2;
Adolfo Viana, vogal 3;
Cinthia Ribeiro, vogal 5;
Lucas Redecker, vogal 7;
Celso Sabino, vogal 8;
Luiz Carlos, vogal 9;
Duarte Nogueira, vogal 10;
Orlando Morado, suplente;
Edson Aparecido, suplente;
Rose Modesto, suplente;
Michele Caputo, suplente;
Manoela Imbassahy, suplente;
Soraia Vieira de Queiroz, suplente;
Mariana Carvalho, suplente;
Shéridan, suplente;
Moema São Thiago, suplente;
Sérgio Balaban, suplente;
Júlia Jereissati, do Secretariado Nacional da Juventude;
Gabriela Cruz, tucanafro;
Pedro Cunha Lima, presidente do ITV;
Pimenta da Veiga, ex-presidente;
Teotônio Vilela, ex-presidente;
José Aníbal, ex-presidente;
José Serra, ex-presidente.
CASO DA LAVA JATO
O inquérito 4506 (eis a íntegra), no qual Aécio Neves é réu, foi aberto após delações premiadas de executivos do Grupo J&F. O tucano é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução das investigações da Lava Jato.
Em delação (veja vídeo), o empresário Joesley Batista disse que Aécio Neves e pessoas ligadas a ele fizeram sucessivos pedidos de dinheiro de 2014 a 2017. As revelações originaram a operação Patmos, deflagrada em 18 de maio de 2017.
Em trecho que deu origem ao inquérito julgado nesta 3ª feira pelo STF, Joesley afirmou ter sido procurado por Andrea Neves, irmã de Aécio, a pedido do tucano. Andrea fez o pedido de R$ 2 milhões para pagar a defesa do irmão na Lava Jato.
“Eu estava até na escola, um projeto social nosso, aí chegou a pessoa e se apresenta como Andrea Neves, a irmã do Aécio. Aí ela foi lá e disse que o Aécio mandou me procurar e tal, e precisava de R$ 2 milhões pra pagar advogado e que seriam advogados que a gente já trabalhava. Aí tomei nota lá, falei: me dá seu número aqui, deixa eu pensar”, disse o delator.
Passado 1 tempo, Joesley conta que Frederico de Medeiros, primo de Aécio, procurou o ex-diretor da JBS Ricardo Saud para acertar a forma de pagamento. Ambos tentavam fazer contratos para dar “ar de legalidade” ao pagamento. Após acertarem, Ricardo cobrou Joesley.
“Aí foi quando eu falei: Ricardo é o seguinte, eu só converso esse assunto com o Aécio, eu não conheço a irmã dele, ele manda a irmã dele num sábado me procurar. Se o Aécio falar comigo eu posso pensar o que fazer, mas se o Aécio não falar comigo, eu não vou fazer”, afirmou Joesley.
O empresário disse que se encontrou com Aécio no dia 24 de março de 2017, no Hotel Unique, em São Paulo.
“Basicamente na conversa com o Aécio, 1º ele se mostrou incomodado com a delação da Odebrecht, depois ele fez comentários em relação à necessidade que ele tinha conversado com o Rodrigo [Maia], que eu não conheço, com o presidente Michel, que tinha que aprovar a lei de abuso a autoridade, aprovar caixa 2, pra ele poder resolver os problemas”, disse Joesley.
“Resolvendo ali, ele [Aécio] disse que o Fred ia cuidar disso. Terminando a história dos R$ 2 milhões, que ia ser 4 pagamentos de R$ 500 mil por semana”, conta.
Além da delação, Joesley entregou 1 áudio que contém a conversa do dia que se encontrou com Aécio e acertou o pagamento. Leia 1 trecho da conversa:
“Aécio: como é que a gente combina?
Joesley: tem que ver, você vai lá em casa ou…
Aécio: o Fred
Joesley: se for o Fred, eu ponho 1 menino meu pra ir. Se for você, sou eu. Só Eu só faço desse jeito.
Aécio: pode ser desse jeito.
Joesley: entendeu? tem que ser entre 2, não dá pra ser…
Aécio: tem que ser 1 que a gente mata ele antes dele fazer delação.
Joesley: eu e você. Pronto. Ou o Fred e 1 cara desses… pronto.
Aécio: vamos combinar o Fred com 1 cara desse. Porque ele sai de lá e vai no cara. Isso vai me dar uma ajuda do caralho”.
Após o acordo, o dinheiro teria sido pago a Frederico Medeiros e Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), em 4 parcelas de R$ 500 mil cada –em 5, 12 e 19 de abril e em 3 de maio de 2018. Os repasses foram feitos por Ricardo Saud.
Uma das entregas foi filmada pela PF (Polícia Federal) em uma das chamadas “ações controladas”. Ao rastrear às cédulas, a PF teria descoberto que as notas foram depositadas em uma empresa do filho do senador Zeze Perrella (MDB-MG), Gustavo Perrella.
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